sexta-feira, 19 de agosto de 2016

AQUI FIZ MEU FILHO....

Aqui fiz meu filho

Meu filho,há quase meio século.
Aqui neste paralelepípedo
à beira mar nasceste...  sem ter nascido...
e foi de esperanças o tempo remanescente.
Num Julho de confianças nos viste na Cruz Vermelha!
Ficaste Benfica,como eu,teu avô e quase toda a família.

Hoje esta casa "formosinha",dum Sanches(*) povoador
Vai dar pousada arejada 
p´lo vento do mar de Agosto e de Julho
...de Novembro e de Outubro
e do marejar de quem não se esquecer
que o planeta é mais mar que terra,
ou mais serra que seara ,ou de vez,
mais glaciar que parra do Douro! Talvez...

Mas hoje vi nas faces da tua filhinha,minha netinha,
as tuas faces de há quase cinquenta anos.

Porque vos amo, só saberei dizer isto,em prosa poética ou nem isso.

O coração só fala se se aninha ao sentimento da vida,
no minuto que se segue ao outro,
nas horas que fazem os dias,
Num amor que faz a ida.

Lá para onde nascemos.
E tu "nasceste " aqui...pois foi ...
Num Outono a ouvir o mar e faúlhas ante a chaminé.
Pois é...
Homenagem ao espaço quentinho.Homenagem ao momento criativo,
Aos desejos:  de ser,sentir, amar ,viver....
à netinha que hoje viaja na sua barquinha 
...bonita,alegre e viçosa ao provir!Como tu...
















Pai e Avô        Caparica    4 de Agosto de 2016

12 comentários:

  1. Ai Ai.. Manuel Duran Clemente. Parei no tempo... O meu neto ate faz hoje 21 anos... obrigada pelo que fez e continua a
    fazer. Um abracao

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  2. Emocionada, fiquei. muito. Manuel, parabéns, pelos lindos filhos que fez, pelos netos que tem, pela família, parte de si. Abraço

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  3. Não te conhecia esta veia poético-prosada... tão livre e cheia de uma candura... Parabéns e forte abraço!...

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  4. Com tal veia poética porque se pára em 2016? Eu gostava de mais! Um abraço.

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  5. Maravilhoso poema meu Amigo. Adorei!

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  6. Lindo poema! De uma sensibilidade infinita! A beleza transmitida por um soldado que ajudou os nossos corações a sentirem a magnificência da liberdade! Viva o 25 de Abril!

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  7. Tem no nome perdiz...perdiz tem e bem diz...os soldados,como eu fui,todos têm alma.Abraço Edmundo.

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